O ioga vai muito além da atividade física, podendo se refletir no próprio estilo de vida e no cardápio dos seus praticantes. “Comer o simples, o saudável e o necessário também faz parte do exercício”, diz a nutricionista Célia Garcia, de São Paulo.
Com 20 anos de dedicação à prática do ioga, Célia ressalta a importância desse equilíbrio nas refeições. Isso porque o próprio consumo de alimentos acima ou abaixo do necessário prejudica tanto as funções do corpo quanto a capacidade de concentração de uma pessoa em suas tarefas diárias – e essa capacidade, aliás, é uma das mais valorizadas pelo ioga, justamente, por ajudar a saúde. “Se você não se concentra na refeição, por exemplo, acaba comendo com pressa, dificultando a digestão e prejudicando o organismo”, explica a nutricionista.
De acordo com ela, comer sempre que possível em silêncio, alimentar-se bem pela manhã, almoçar na hora certa, mastigar bastante a comida e evitar a ingestão excessiva de líquidos durante as refeições são hábitos que fazem parte do estilo de vida disseminado pelo ioga. Eles não apenas contribuem para a boa nutrição, mas mantêm a mente alerta, favorecem a concentração e melhoram o rendimento físico. “Adotar uma dieta vegetariana não é obrigatório para quem pratica yoga, mas é coerente com os princípios de não-violência, nesse caso feita com o abate do animal”, explica Célia.
Segundo a nutricionista, no ioga acredita-se, ainda, que as substâncias liberadas no sangue do animal em virtude da tensão e da dor geradas pelo abate se concentram na carne, sendo nocivas também para o ser humano.
Alimentos que contribuem para o bem-estar
Célia diz que a própria meditação, uma atividade comum no ioga, é facilitada se a alimentação proporciona bem-estar ao praticante. Manter-se em posturas em geral difíceis para quem está começando a fazer os exercícios do ioga é outra tarefa que também pode ganhar um reforço do próprio cardápio, segundo a nutricionista. “As algas marinhas e os vegetais ricos nos minerais cloro e flúor aumentam a elasticidade e a flexibilidade das articulações”, esclarece – boas fontes de cloro são o espinafre, o nabo e o rabanete. No caso do flúor, brócolis e couve.
Como fonte de energia, Célia recomenda ainda o consumo de minerais como o zinco, presente em itens como feijão branco, soja e no próprio leite. Além de oferecerem minerais, sementes oleaginosas e frutas secas contêm inclusive uma boa dose de proteína. “O ioga incentiva uma alimentação leve, equilibrada e o mais natural possível”, destaca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pelo comentário e pela visita, volte sempre que quizer
"Rosana"