quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Nietzsche para estressados _ 74

Os poços mais profundos vivem suas experiências lentamente: esperam um bom tempo até saberem o que caiu em suas profundezas.



Há alguns anos, o jornalista Carl Honoré decidiu escrever o livro Devagar – Como um movimento mundial está desafiando o culto da velocidade enquanto enfrentava, impaciente, uma longa fila de embarque num aeroporto. Curiosamente, o autor confessou que, quando realizava suas pesquisas para a obra, ganhou uma multa por excesso de velocidade.

Eis uma das conclusões a que chegou em seu ensaio: “Cada ato de desaceleração é um grão para o moinho” de uma vida saudável e relaxada.

Entre suas recomendações está a de esquecer o carro e andar a pé. Nesse sentido, ele se inspirou no ecologista americano Ed-gard Abbey: “Caminhar faz com que o mundo seja muito maior e, por isso, mais interessante. Assim temos tempo para observar os detalhes.”

Seu ensaio segue a filosofia do slow living, estilo de vida que já foi adotado em várias pequenas cidades de países desenvolvidos. No mundo da alimentação, os restaurantes d e slow food se apresentam como alternativa aos estabelecimentos de fast-food. 

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Comunicado


As pessoas que gostam das quintas feiras com o Nietzsche para estressados, dia 11 de Abril vem mais um livro


espero que gostem tbm...

AGUARDEM


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Nietzsche para estressados _ 73

Quem não teve um bom pai deve procurar um .



Nas culturas mais ligadas à terra, a criança abandona sua família na adolescência para se tornar adulta e enfrentar sozinha as provações que a vida colocará em seu caminho. Isso acontece independentemente de ter tido bons ou maus pais, o que lhe dá segurança, pois ela se acha nas mesmas condições que os outros jovens. O Credo do Samurai resume o ideário do lutador que salva o próprio destino:

Não tenho pais;
faço do céu e da terra meus pais.

Não tenho poder divino;
faço da honra a minha força.

Não tenho recursos;
faço da humildade o meu apoio.

Não tenho o dom da magia;
faço da minha força de vontade o meu poder mágico.

Não tenho vida nem morte;
faço do Eterno minha vida e minha morte.

Não tenho corpo;
faço da coragem meu corpo.

Não tenho olhos;
faço do brilho do raio os meus olhos.

Não tenho orelhas;
faço do bom senso minhas orelhas.

Não tenho membros;
faço da vivacidade os meus membros.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Nietzsche para estressados _ 72

Não é raro encontrar cópias de grandes homens. E, como acontece com os quadros, a maior parte das pessoas parece mais interessada nas cópias do que nos originais.



Ser autêntico na vida às vezes envolve dizer o que ninguém espera escutar.

Existe uma história que ilustra bem essa questão. Pediu-se a alguns estudantes que elegessem as Sete Maravilhas do mundo atual. Enquanto os votos eram apurados, a professora percebeu que uma jovem calada ainda não havia mostrado o que escrevera e por isso perguntou se ela estava com problemas para completar a lista.

– Estou – respondeu. – Não consigo me decidir. São tantas!

– Bem, então leia o que já escreveu e talvez possamos ajudá-la – disse a professora.

A menina hesitou antes de responder:
– Acho que as Sete Maravilhas do mundo são: ver, ouvir, tocar, provar, sentir, rir e amar.

A sala de aula ficou em silêncio. A verdade é que nunca pensamos nessas coisas tão simples e corriqueiras como as maravilhas que verdadeiramente são.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Nietzsche para estressados _ 71

A essência de toda arte bela, de toda arte grandiosa, é a gratidão.



A gratidão é uma condição indispensável para apreciarmos a beleza do mundo. Algumas pessoas que aparentemente têm tudo se sentem infelizes, ao passo que outras se maravilham com os pequenos grandes presentes que recebem todos os dias. 

Entre essas últimas, encontra-se a ativista americana Hellen Keller, que mesmo cega, surda e muda foi capaz de desfrutar dos sentidos que lhe restavam em experiências quase místicas. São dela as seguintes palavras:

Use os olhos como se fosse ficar cego amanhã. (...) Escute a música das vozes, o canto dos pássaros, as poderosas notas de uma orquestra, como se amanhã fosse ficar surdo. Toque cada objeto como se o sentido do tato lhe fosse faltar amanhã. Sinta o aroma das flores e o sabor de cada bocado de comida como se amanhã já não pudesse cheirar nem sentir o gosto de nada.

Se praticarmos a arte da gratidão, tingiremos nossa lente emocional de boas sensações nas horas de dificuldade. Mesmo em situações de tensão e contrariedade, basta nos deixarmos alimentar pela beleza do mundo para conseguirmos encontrar o equilíbrio que nos permitirá superar as provações mais duras.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017