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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

A filosofia como terapia

Loumarinoff pergunta a si mesmo em seu livro Mais Platão, menos Prozac:
não seria um grande privilégio poder conversar sobre nossos medos, angústias ou qualquer tipo de aflição com os cérebros mais privilegiados da história? Certamente sentiríamos um grande alívio espiritual se dialogássemos sobre a morte com Platão ou Descartes.

Descobriríamos facetas desconhecidas de nós mesmos se lêssemos Kant, Aristóteles ou Montesquieu.

É exatamente isso que propõem os filósofos terapeutas.

Eles dizem que a psicologia e os medicamentos muitas vezes não bastam para que uma pessoa resolva suas neuroses.

Os remédios não fazem com que se deixe de temer a morte, por exemplo, podendo ser contraproducentes em muitos casos.

O aconselhamento filosófico não é uma moda passageira.

Na verdade, há quase 30 anos vem sendo praticado e já alcançou resultados muito satisfatórios em pessoas que sofriam uma decepção após outra com psicólogos ou psiquiatras, que oferecem tratamentos longos, caros, incômodos e, muitas vezes, prescrevem remédios com efeitos colaterais.

Os filósofos terapeutas ajudam seus clientes a identificar o tipo de problema que enfrentam para poder encontrar a melhor solução, que normalmente é o pensamento filosófico mais adequado à personalidade e à formação intelectual do cliente.

Uma das características que distinguem esses conselheiros é o fato de se concentrarem no presente e no futuro, evitando trazer à tona traumas de infância inutilmente. Afinal, já sabemos que não se pode alterar o passado. Infelizmente, vivemos num mundo em que tudo é rotulado.

Existe uma síndrome para qualquer coisa. Parece necessário inventar doenças que não existem. Mas os filósofos terapeutas lutam contra essa tendência.

Eles se negam a ver transtornos mentais onde eles não existem.

Qualquer pessoa pode sofrer angústia emocional ao tentar entender o mundo e não deve ser considerada doente por isso.

Todos nós sofremos com esse sentimento em algum momento.

A angústia ou ansiedade que surge diante da ideia da morte ou de uma mudança drástica nos faz buscar respostas para várias perguntas.

Não somos tão originais, pois as mesmas questões foram feitas anteriormente e os grandes filósofos as responderam.

Talvez as respostas não sejam as que buscamos, mas podem nos ajudar a encontrar nossa própria explicação e algum consolo.

As sessões com um filósofo terapeuta normalmente começam como uma conversa. Em algum momento, o cliente acaba formulando questões filosóficas e, ao saber que elas já tinham sido levantadas anteriormente, ele sente necessidade de se aprofundar no assunto.

Finalmente, muitos resolvem ler as obras dos filósofos com que se identificam mais. Uma série de estudos realizados nos Estados Unidos chegou à conclusão de que um em cada dois americanos sofre de doença mental.

Os filósofos terapeutas tentam demonstrar que essa informação não é apenas equivocada, mas também um ardil para assustar uma sociedade muito influenciável.

É certo que algumas pessoas precisam ser medicadas ou até mesmo internadas em centros psiquiátricos, mas a imensa maioria da população não está doente simplesmente passa por um momento complicado e um pouco de boa filosofia pode ser de grande ajuda para superar esses períodos de crise.

Em Mais Platão, menos Prozac, Lou Marinoff nos fala do processo PEACE, que em português significa “paz”. Trata-se de um acrônimo:
Problema, Emoção , Análise, Contemplação e Equilíbrio.
Em primeiro lugar, o que devemos fazer é reconhecer o problema.

Na maior parte das vezes, já sabemos de que se trata, sendo ele simples ou não.

Em seguida, precisamos identificar as emoções que provocam o problema.
Em terceiro lugar, é necessário analisar as opções que temos para resolvê-lo.

O melhor seria neutralizar tanto o problema quanto as emoções que o causaram. 

Quando chegamos à quarta parte, temos que retroceder para ganhar perspectiva buscando uma visão global sobre o assunto e então chegarmos ao quinto passo, o equilíbrio. 

Depois de reconhecer o problema, identificar as emoções, analisar as opções que temos e formar uma visão global, estaremos preparados para tomar as decisões mais apropriadas. 

Algumas pessoas são capazes de completar o processo em uma única sessão com a ajuda de um terapeuta. 

Por outro lado, outras demoram meses para chegar às mesmas conclusões. 
Cada qual deve seguir o próprio ritmo.

Todo mundo tem uma filosofia pessoal, ainda que a maior parte dos seres humanos não esteja preparada para utilizá-la, necessitando para isso de um guia. 

Quando os clientes finalmente percebem o tesouro que guardam em seu interior, tomam consciência de que sua vida acaba de se transformar e perdem muitos de seus medos, sentindo-se menos vulneráveis. 

Os filósofos terapeutas não focam apenas nos escritos da filosofia ocidental, mas também utilizam os conhecimentos das filosofias orientais, como o hinduísmo, o budismo, o confucionismo e o taoísmo. 

Segundo eles, uma pessoa com dificuldade de encontrar um parceiro amoroso ou de escolher o mais adequado deveria consultar a filosofia de Buda ou Lao-Tsé, passando por Aristóteles ou Sêneca. 

Quem já tem um parceiro e quer manter a qualidade de seu relacionamento faria bem em ler Thomas Hobbes, Pitágoras, Sócrates ou, ainda que pareça estranho, Maquiavel. 

Se é chegado o momento de grandes decisões e precisamos enfrentar o dilema de terminar ou não uma relação, não devemos deixar de consultar Ayn Rand, o Dalai-Lama, Immanuel Kant ou Jean-Paul Sartre. 

Se estamos insatisfeitos no trabalho, temos um chefe tirano ou nos sentimos entediados com nossas atribuições, deveríamos ler Voltaire, Rousseau, Aristóteles e também o Bhagavad Gita. 

Aos que se encontram na meia-idade, é possível superar a crise como auxílio de Confúcio e Buda. 

Se não sabemos o que fazer da vida, não temos um objetivo ou sentimos um grande vazio, evitaremos decisões equivocadas com os pensamentos de Simone de Beauvoir, Thomas Mann e Rudyard Kipling. 

Também é possível superar o mais terrível dos medos: o da morte, seja a nossa ou a de um ente querido. 

O fato de que algum dia deixaremos de existir pode nos encher de angústia. 

Vale a pena tentar nos afastar dessa angústia conhecendo as ideias de Simone de Beauvoir, Lao-Tsé, David Hume e Confúcio. 

Se pensar por si mesmo é algo que tende a desaparecer na cultura de massa, o fato é que muitos encontros filosóficos vêm sendo realizados pelo mundo todo. 

Esses eventos costumam ser organizados por filósofos terapeutas, que desempenham o papel de moderadores. 

Eles estão fazendo com que a filosofia volte a alimentar a mente das pessoas na vida cotidiana. 

O conhecimento não ocupa espaço. 

Só nos falta vontade de pensar, comunicar e desligar a televisão por um tempo. 

Vamos colocar filosofia em nossa vida!

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Nietzsche para estressados _ 99

O amor não é consolo – é luz.



Eis os segredos de um sábio desconhecido para que seus sonhos se realizem: 

• Evite todas as fontes de energia negativa, sejam elas pessoas, lugares ou hábitos. 
• Analise tudo de todos os ângulos possíveis. 
• Desfrute a vida hoje: o ontem já se foi e o amanhã talvez nunca chegue. 
• A família e os amigos são tesouros ocultos – usufrua essas riquezas. 
• Persiga seus sonhos. 
• Ignore aqueles que tentarem desanimá-lo. 
• Simplesmente faça. 
• Continue tentando, por mais difícil que pareça, porque logo ficará mais fácil. 
• A prática leva ao aperfeiçoamento. 
• Quem desiste nunca ganha; quem ganha nunca desiste. 
• Leia, estude e aprenda tudo o que for importante na vida. 
• Deseje, mais que tudo no mundo, o que você quer que aconteça. 
• Busque a excelência em tudo o que faz. 
• Corra atrás de seus objetivos – lute por eles! 

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

terça-feira, 15 de agosto de 2017

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Nietzsche para estressados _ 98

Quem fica remoendo alguma coisa se comporta de maneira tão tola quanto o cachorro que morde a pedra.



O valor do que fazemos ou sentimos só pode ser determinado em função de sua utilidade.

Se alguma coisa pode ser alterada no presente, vale a pena investir nisso todo o nosso esforço.

O problema, como disse Nietzsche, é quando algo que fizemos no passado nos consome, algo que não podemos corrigir.

Esta é a opinião do mestre vietnamita Tich Nhat Hanh:
Quando pensamos no passado podemos experimentar sentimentos de arrependimento ou de vergonha, e, ao pensar no futuro, sentimentos de desejo e medo.

Mas todos eles surgem no presente e o afetam.

Quase sempre, o efeito que nos causam não contribui para nossa felicidade nem para nossa satisfação.

Temos que aprender a evitar esses sentimentos.

O mais importante é saber que o passado e o futuro se encontram no presente e que, se nos ocuparmos do presente, seremos capazes de transformar o passado e o futuro.

Por isso, em vez de morder uma pedra, é melhor pensar no que fazer aqui e agora, como que temos, para assim melhorar nossa vida.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Nietzsche para estressados _ 97

Nossas carências são nossos melhores professores, mas nunca mostramos gratidão diante dos bons mestres.



Fazer da carência um novo caminho, em vez de um motivo de frustração, é o que diferencia as mentes criativas das que se conformam com o fracasso.

Existe um episódio protagonizado pelo violinista israelita Itzhak Perlman que vem sempre a calhar quando se fala em limitações.

O músico precisava de muletas para se locomover, pois tivera poliomielite quando criança.

Itzhak se apresentava no Lincoln Center, em Nova York, quando, logo depois de começar a tocar, uma corda de seu violino arrebentou.

O público imaginou que o concerto seria interrompido, pois trocar e afinar uma corda de violino não é tarefa fácil.

Mas ele continuou tocando com as cordas restantes.

É quase impossível executar uma partitura escrita para as quatro cordas do violino com apenas três, mas, para surpresa de todos, ele conseguiu.

Ao terminar o concerto, o músico foi ovacionado.

Ele então enxugou o suor da testa, ergueu o arco do violino pedindo silêncio e disse: “Sabe de uma coisa? Às vezes a tarefa do artista é ver o que pode ser feito como que lhe resta.”

quarta-feira, 2 de agosto de 2017