O que nos permite acreditar que deve ser ínfimo o número de pessoas sábias e, nos proporciona considerar que somos um eterno aprendiz da vida, mas que sejamos voluntariosos, neste processo de busca e de aventurar-se no aprimoramento; este é um dos nossos mais significativos desafios, em função dos resultados benéficos nas relações e de libertação.
O célebre diretor de cinema Akira Kurosawa, em uma das suas obras primas “Rashomon”, apresenta com eficiência o caráter volúvel e caprichoso das opiniões, que demonstra que cada um só enxerga o que quer, o que lhe convém.
Ele nos possibilita concluir o quanto é difícil nos aproximarmos do que pode ser considerado “verdade”, através das opiniões, mesmo daqueles que se consideram doutos no fato.
Da mesma forma que as testemunhas contam as verdades que lhes parecem ser ou que lhes convém no momento, nossa opinião SEMPRE NOS DENUNCIA, pois, ao partilhar um ponto de vista sobre qualquer assunto, revelamos nossas motivações e nossos desejos mais íntimos. Interessante: -quem menos sabe, parece sempre ter a melhor opinião; - quem mais sabe, sabe que necessita saber mais para ter uma simples opinião.
“Com o saber cresce a dúvida” (Goethe). - “nós somente possuímos convicções sob a condição de nada termos estudado plenamente” (Cioran). Malebranche disse:
“Nossas paixões sempre se justificam, quer dizer, sugerem-nos opiniões que ajudam a justifica-las”.
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"Rosana"