Responda rápido: você costuma dar uma deslizadinha quando o assunto é sua alimentação?
Mesmo quem se considera saudável pode se surpreender ao descobrir que nem sempre um prato recheado de folhas, legumes e grãos é o suficiente para manter o corpo em dia. Duvida? Conte então quantas vezes, nas últimas semanas, você engoliu seu sanduíche natural em pé, sozinho ou correndo contra o relógio. Ou, quantas vezes comeu aquele restinho de salada no almoço, prestando mais atenção na TV do que na própria comida. Pois é, são muitos os pecados que se pode cometer contra a saúde.
1. Deixar de comer
"Algumas pessoas acreditam que, para perder peso, o ideal é fechar a boca. Nada mais errado", diz a nutricionista Adriana Murara, e professora de pósgraduação da Facinter e da Fatec Internacional. Ela explica que o organismo precisa de energia permanente para exercer suas funções. "Sempre que ela estiver insuficiente, o corpo lançará mão de reservas. No entanto, longos períodos sem alimento criam um mecanismo de 'economia', ou seja, com medo de desperdiçar a energia armazenada, o organismo começa a poupar."
Já deu para perceber que é fria, certo? Saiba que aquele regiminho de alguns dias que vai e volta com frequência acaba diminuindo o ritmo metabólico. Assim, quando se deixa de comer, torna o corpo mais lento e a perda de peso desacelera. "É por isso que as dietas funcionam bem no início: quando o corpo queima suas reservas, queima gordura. No entanto, ao ficar econômico, diminui o ritmo da perda e o desânimo será evidente", afirma Adriana. "Sem dúvida, um dos maiores pecados."
2. Exceder a cota à noite
Já diz o ditado: o desjejum deve ser como o de um rei, e o jantar, como o de um mendigo. "Os excessos à noite são os piores para a manutenção da saúde. Ao longo do dia, a energia proveniente dos alimentos que ingerimos é utilizada para manutenção das funções corporais. À noite, no entanto, a energia será mais facilmente convertida em reserva energética, ou seja, gordura".
Os alimentos menos recomendados para essa hora do dia - ou da noite - são as frituras. "Ao fritar os alimentos, aumenta-se muito seu percentual de gorduras saturadas, responsáveis pela elevação do colesterol no sangue. Além disso, as frituras são mais calóricas e aumentam o risco de obesidade".
3. Acabar com os carboidratos
Quando se fala nessa substância, a palavra açúcar é a primeira que vem à sua cabeça? Então, cuidado: você está pecando sem saber. "Os carboidratos tem duas classificações. Na primeira se encaixam o açúcar branco, as frutas e o açúcar do leite, enquanto os farináceos e cereais ficam na segunda classificação", afirma Adriana. Cada um desses tipos age de maneira completamente diferente no organismo.
"Eles se diferem pelo que chamamos de índice glicêmico, que é o efeito do açúcar no sangue. Quanto mais alto for o índice glicêmico, mais o alimento contribui para o ganho de gordura. O raciocínio é simples: se a glicemia aumenta, muita insulina é liberada para metabolizar esse açúcar. Como a insulina é um armazenador de gordura, o resultado é evidente: o estoque dela aumenta".
Não é difícil imaginar quais são os carboidratos que mais elevam esse índice. "Nosso corpo não tem necessidade de ingerir o açúcar refinado. Devemos evitar seu consumo frequente, não passando de duas a três vezes por semana".
4. Desprezar o desjejum
Essa é a refeição mais importante do dia! E nada de dizer que isso é clichê, porque a informação é a mais pura verdade. Poucos pecados são tão imperdoáveis quanto ignorar o desjejum. Ele, além de recuperar o equilíbrio orgânico depois do repouso noturno, prepara o organismo para mais um dia de ação. "Em se tratando de café-da-manhã, não há margem para opção: cinco minutos mais cedo fora da cama podem provocar milagres na sua disposição".
De acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o ideal é fazer seis refeições equilibradas durante o dia e a primeira delas, claro, é o famoso café-da-manhã. Apesar do nome sugestivo, um cafezinho preto não é o suficiente. Inclua também frutas, cereais e um copo de leite ou frios.
5. Não comer fibras
Elas estão nos grãos, nas frutas e nos vegetais em geral, mas muitas vezes ficam de fora do prato. Está vendo só como se peca mais do que se imagina? Infelizmente contra a saúde, porque são elas que "modulam o trânsito intestinal, diminuem a absorção de açúcares e gorduras, geram nutrientes que mantém a flora intestinal saudável". Além disso, os alimentos fontes de fibra ainda são ricos em vitaminas, minerais e água, nutrientes indispensáveis ao equilíbrio orgânico.
6. Exagerar no sódio
"Existe relação direta entre o consumo de sal, fonte de sódio, e o desenvolvimento de hipertensão arterial, doença que atinge 20% dos brasileiros". Esse mineral é extremamente necessário para o corpo, mas não em exagero. Como as maiores fontes de sal são alimentos industrializados, embutidos, conservas, lanches, etc., é muito fácil ultrapassar o limite da sua ingestão diária recomendada.
Dentro do corpo, ele ainda provoca a retenção de líquidos, o que pode ser bastante ruim para quem está com os quilinhos sob alerta. Mas não decida cortá-lo completamente da alimentação, pois esse também não é o caminho. Apenas evite alimentos industrializados e prepare seus pratos em casa!
7. Abusar de bebidas alcoólicas e de café
"Bebidas alcoólicas sobrecarregam o fígado e ainda podem causar danos circulatórios, quando consumidas em grande quantidade". Todo mundo sabe que, se álcool fizesse bem, não deixaria aquele remorso chamado 'ressaca' para atormentar no dia seguinte, não é? Imagine quanta energia e saúde o corpo jogou fora tentando digerir os copos de cerveja e de vinho do dia anterior.
Com a cafeína, é a mesma coisa: "em grande quantidade [mais de cinco xícaras de café por dia] pode causar insônia e agitação". Além de tomar com moderação, evite perto da hora de se deitar. Dessa maneira, você garante um sono tranquilo.
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"Rosana"