Mamãe, já fiz minha lancheira!

“Será que a minha professora vai ser legal?”, “Onde vou sentar?”, “As outras crianças vão gostar de mim?”. As crianças sempre se preocupam com sua vida escolar, e a cada fim de ano, ou quando trocam de escola, ficam meio ansiosos quanto à rotina a enfrentar mais à frente. Cabe aos pais auxiliá-las nas pequenas tarefas preparatórias, conforme explica a terapeuta infantil Carla Gomide, de São Paulo. “Os pais devem sempre direcionar os filhos para a rotina escolar, o que inclui manter regras como dormir cedo, o tempo certo para estudar, para fazer esportes, se alimentar bem e preparar o próprio lanchinho”, diz ela.

De acordo com Carla, o ato de preparar a lancheira é muito positivo para as crianças, pois assim elas começam a se familiarizar com as responsabilidades cotidianas. “Além disso, as crianças adoram escolher o que vão comer. Isso é importante, pois nem todas comem o que os pais mandam como lanche”, afirma.

Segundo a psicóloga, muitos pais priorizam os produtos já prontos, tão práticos, fáceis de comprar e que não dão trabalho nenhum na hora de arrumar a lancheira mas são alimentos pobres em nutrientes e que não ajudam a criar bons hábitos alimentares. Do outro lado da moeda, existem também os que fazem questão de enviar na lancheiras gêneros integrais, frescos, saudáveis e nutritivos mas que não têm o respaldo dos filhos. “Algumas crianças voltam com o lanche para casa. Outras até jogam no lixo”, diz a Carla.

Para que isso não aconteça, ela aconselha a deixar os filhos participarem de todo o processo de escolha dos alimentos, desde a compra até a hora de colocar na lancheira. “É importante que haja cumplicidade entre pais e filhos, para entrarem em acordo e decidirem juntos o que a criança vai levar para a escola”, explica. Instigar a curiosidade, variar, também ajuda. “Em vez de mandar frutas inteiras, corte-as em pedacinhos; na hora dos sanduíches, escolha alimentos coloridos, como cenoura ralada, para misturar ao recheio recheio”, sugere Carla.

Outro ponto importante, ressalta a terapeuta, é educar para que os filhos entendam o valor de uma alimentação correta desde cedo. Como observa Clara, se bem orientadas as crianças logo aprendem a incorporar bons hábitos.